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25 de dezembro de 2015

Série Adoçantes: Naturais x Artificiais


Açúcar refinado faz mal para a saúde. A alta concentração de açúcar refinado (sacarose) em alimentos industrializados acarretou diversos problemas de saúde para a população mundial. Para tentar minimizar os danos, adoçantes naturais (extraídos de vegetais e frutas) e artificiais (feitos em laboratório) foram desenvolvidos para substituir o uso de açúcar refinado em vários produtos. Inicialmente, os produtos com adoçantes eram voltados para uma faixa mais restrita de consumidores, principalmente os diabéticos.
Com o tempo, e com os consumidores assumindo uma preocupação cada vez mais crescente com a saúde, linhas de produtos light e diet foram criadas para atender a demanda.
Hoje, seja por questão de saúde ou por preocupação com o peso, muita gente recorre a alimentos light ou diet no seu dia a dia. Afinal de contas, quem não quer comer um doce sem culpa? Por isso as prateleiras dos supermercados estão cheias de produtos com adoçantes, livres de calorias. O problema é que existem vários tipos de adoçantes (edulcorantes) e nem sempre temos a informação precisa do que são. Além de não serem todos iguais, podem fazer mal à sua saúde, não adiantando substituir o açúcar refinado. Você se livra de um problema e ganha outros.

Qual é a melhor opção de adoçante para sua saúde?

Existem adoçantes naturais e artificiaisOs naturais são sempre a melhor opção e os artificiais em geral devem ser evitados, como a sacarina, aspartame e ciclamato de sódio, que está presente em refrigerantes zero e há correntes que afirmam que pode causar câncer. Já a sucralose (extraída da cana de açúcar e artificial) e o esteviosídeo (adoçante natural), são adoçantes que não agridem sua saúde, por isso especialistas recomendam mais o seu uso, sempre em pequenas dosagens.
Em geral, a recomendação é que nunca se use adoçantes de maneira exagerada na sua alimentação diária. O ideal é um uso moderado ao invés de consumir vários alimentos com adoçantes, como mates, gelatinas e iogurtes light ou zero. O uso diário também não é recomendado.
 Mesmo com a ANVISA regulando os limites diários de consumo desses adoçantes, não quer dizer que não façam mal à sua saúde. Cada organismo reage de forma diferente à exposição de certas substâncias, além do nível de tolerância de cada pessoa ser diferente. Além desses edulcorantes artificiais terem substâncias sintéticas ainda não estudadas, as que já foram estudadas estão relacionadas à vários problemas, desde aumento de peso até câncer.
Em 2008 a ANVISA publicou uma resolução limitando a quantidade de sacarina e ciclamato nos produtos industrializados, caindo praticamente pela metade a quantidade que se pode usar em cada produto. Porém, tenha em mente que esses adoçantes já foram proibidos em diversos países como EUA, Japão, Canadá e França.Tanto o ciclamato quanto a sacarina ainda possuem altos níveis de sódio, sendo contraindicados para pessoas com problemas renais e hipertensão.
Açúcar mascavo e mel também servem como adoçantes naturais. São muito mais saudáveis se levarmos em conta o lado nutricional, porém podem provocar o mesmo aumento de glicose que o açúcar refinado causa. Porém, se usados com moderação, podem ser bons substitutos na hora de adoçar algum alimento ou bebida.
Procure sempre seu médico ou nutricionista para obter mais orientações e descobrir a melhor forma de usar adoçantes.
Na hora de comprar produtos com adoçantes, fique atento aos rótulos. As informações que devem estar presentes são:
  • os nomes e os tipos (artificiais ou naturais) dos edulcorantes (adoçantes) que estão presentes no produto;
  • a orientação “consumir preferencialmente sob indicação de nutricionista ou médico”;
  • o alerta “contém fenilalanina” para os adoçantes que tiverem aspartame na composição;
  • o valor energético (Kcal) em medidas práticas tais como: colher de café, de chá, gotas, por tablete, por envelope, juntamente com seu poder adoçante em relação ao da sacarose.

Adoçantes Naturais

Sorbitol – extraído de algas marinhas e frutas (maçã e ameixa) adoça 50% mais que a sacarose (açúcar refinado) e possui 4 Kcal/g. Não pode ser usado por diabéticos. Ele é muito utilizado na composição de outros adoçantes naturais e artificiais, por isso vale prestar atenção aos rótulos. Como contra-indicação ele apresenta ação laxativa. Seu uso mais comum é em produtos como geléias, biscoitos, gomas de mascar, refrigerantes, balas e panetones.
Frutose – mais doce que a sacarose cerca de 170 vezes. Extraído do mel e de frutas, a frutose tem 4Kcal/g. Diabéticos devem usar moderadamente pois eleva os níveis de açúcar no sangue. Além disso, pode provocar cáries.
Esteviosídeo (stévia) – não contém calorias e conta com poder adoçante 300 vezes maior que o açúcar refinado. Ele é extraído da planta stevia rebaudiana, nativa da América do Sul (originária da Serra do Amanbaí, na fronteira do Brasil com o Paraguai). Alguns estudos apontam benefícios desse tipo de adoçante natural, como regular a pressão arterial, os níveis de açúcar no sangue e prevenir o crescimento bacteriano nos dentes, além de ser recomendado para diabéticos. Como não existem efeitos colaterais, pode ser um adoçante da sua escolha. Também é resistente à altas temperaturas, podendo ser usada em alimentos que vão ao fogo. Muito utilizada no oriente (Japão principalmente) o único fator contra é que ela deixa um gosto residual amargo. Só tome cuidado para não comprar a stévia associada a outro adoçante artifical, como ciclamato de sódio.
Polióis ou açúcar alcoólico (maltitol, sorbitol, manitol, eritritol, xilitol) – adoçam cerca de 60% mais que a sacarose e podem ser usados por diabéticos moderadamente, pois não causam aumento súbito da taxa de glicose. Os açúcares alcoólicos são utilizados em biscoitos, refrigerantes e até pastas de dente. O problema é que podem causar inchaço, gases e diarreia, pois os açúcares podem não ser absorvidos pelo intestino.
Agave Azul – extraído de uma planta de origem mexicana (a mesma da qual se produz a tequila), o agave azul adoça mais que o açúcar comum pois é rico em açúcares mais nobres, como dextrose e frutose. Embora possua baixo índice glicêmico não é indicada para diabéticos.

Adoçantes Artificiais

Ciclamato de sódio – é um dos piores adoçantes artificiais que existem. Provém do ácido ciclo hexano sulfâmico, só para você ter uma ideia, ele vem do ácido ciclo hexano sulfâmico, um derivado do petróleo. Ele não possui calorias e pode ser usado por diabéticos, porém não é indicado para pessoas hipertensas. Vários estudos associam esse tipo de adoçante com tumores cancerígenos (a hidrólise do ciclamato,  no trato digestivo, pode produzir uma substância carcinogênica), por isso é proibido em vários países (França, EUA e Japão por exemplo). O ciclamato de sódio é mais utilizado em refrigerantes, mas pode ser encontrado em adoçantes de mesa, biscoitos, geleias e sorvetes.
Sacarina  – o mais antigo dos adoçantes, adoça cerca de 200 vezes mais que a sacarose, mas deixa um gosto residual amargo e metálico. Não contém calorias e pode ser usada por diabéticos, mas fique atento aos problemas que ela pode trazer. Sintetizada a partir do ácido toluenossulfônico, a sacarina é derivada do petróleo. Como a molécula de sacarina é derivada da sulfa, pessoas alérgicas à substância não devem consumi-la. Estudos ligaram a sacarina ao aparecimento de tumores na bexiga, por isso seu uso foi limitado pelos órgãos competentes. Além disso, possui sódio, sendo contraindicado para hipertensos.
Sucralose – feita à partir da sacarose (extraída da cana de açúcar), a sucralose leva em sua composição moléculas de cloro, o que não permite que seja absorvida pelo organismo (ela é eliminada por completo em 24 horas através da urina). Ela adoça cerca de 600 vezes mais que a sacarose e não tem calorias. Não eleva a glicemia, podendo ser consumido por diabéticos, gestantes e hipertensos. Até o momento, não se conhecem contraindicações da sucralose, o FDA, órgão americano, aprova seu uso com base em inúmeras pesquisas que mostraram que o adoçante não apresenta efeitos tóxicos, nem efeitos carcinogênicos, reprodutivos e neurológicos. Por não possuir sabor residual amargo, a sucralose é amplamente utilizada em produtos diet, zero e light.
Acessulfame-K (acessulfame potássio) – é um sal de potássio sintético produzido a partir de um ácido da família do ácido acético (vinagre) que adoça cerca de 200 vezes mais que o açúcar refinado. Não apresenta calorias e não é metabolizada pelo organismo, por isso é considerado um adoçante seguro para a saúde. É usado de forma variada, principalmente em confeitos, indústrias de panificação, produtos lácteos e bebidas.
Tagatose – obtido através da lactose (açúcar do leite), a tagatose é quase tão doce quanto o açúcar refinado (92%), mas não aumenta os níveis de insulina e glicose do sangue, pois não é absorvida pelo organismo. Para se obter a tagatose, a lactose é quebrada em galactose e glicose. É feita uma modificação na molécula de galactose, que se transforma em D-tagatose. Mesmo sendo um adoçante relativamente novo, o FDA considerou-o seguro para a saúde, liberando seu uso nos EUA. As únicas contraindicações conhecidas até agora são gases, náuseas e diarreia, casa haja uma sensibilidade ou se consuma excessivamente.

Aspartame – o pior dos adoçantes artificiais para sua saúde

Se você pensa que o ciclamato de sódio é o pior dos adoçantes artificiais, conheça o aspartame. Ele é tão nocivo que resolvemos fazer uma seção inteira do artigo somente pra ele. São nada mais, nada menos do que 92 efeitos colaterais já catagolados. Esses efeitos sobre o organismo podem ser imediatos ou graduais. Ainda não se sabe todos os efeitos que o consumo de aspartame pode provocar à longo prazo. Ele já foi bastante utilizado e consumido por não deixar gosto residual amargo, como vários outros adoçantes. Com valor calórico de 4Kcal/g e alto poder adoçante (cerca de 220 vezes mais que a sacarose), basta algumas gotas para adoçar.
A lista de problemas que o aspartame pode causar é longa e os principais são:
  • Ataques de pânico, alterações de humor, episódios de mania e alucinações visuais
  • Náusea
  • Reações alérgicas alimentares
  • Dores de cabeça, enxaquecas
  • Diabetes (o aspartame em indivíduos diabéticos pode favorecer as complicaces como neuropatia, retinopatia, catarata e pode provocar mal controle glicêmico em quem faz tratamento)
  • Espasmos musculares
  • Irritabilidade
  • Ganho de peso
  • Perda de audição
  • Depressão
  • Alterações endócrinas como aumento de cortisol e prolactina
  • Degeneração cerebral – envelhecimento precoce (perda de memória)
  • Taquicardia
  • Doenças autoimunes
  • Dores articulares
  • Convulsão e epilepsia
Doenças degenerativas podem ser agravadas com o uso prolongado de aspartame, como Alzheimer, Parkinson e retardo mental. Outros problemas que podem ficar mais graves são lúpus, diabetes, fibromialgia, tumores cerebrais e esclerose múltipla.
Pra completar, é expressamente contraindicado para gestantes. O cérebro do feto, ainda em formação, consegue absorver cinco vezes mais as substâncias tóxicas do aspartame, o que pode lesionar seu sistema nervoso. Ainda é contraindicado para os portadores de fenilcetonúria (incapacidade do organismo de metabolizar a fenilalanina), uma anomalia rara que geralmente é diagnosticada através do teste do pezinho, feito no no nascimento do bebê.
REFERÊNCIAS
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/adocantes.pdf
http://www.fao.org/fileadmin/templates/agns/pdf/jecfa/cta/61/Tagatose.pdf
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/informes/17_190106.htm

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